Uma das mais tradicionais companhias de balé do continente realiza sua primeira turnê no Brasil em setembro
A estréia da turnê brasileira será em Salvador, no dia 3 de setembro, no TCA
Com direção do consagrado Julio Bocca,
uma das grandes estrelas da história do balé clássico mundial, o Ballet
Nacional do Uruguai chega ao Brasil no início de setembro para a sua
primeira
turnê no país, sendo Salvador a capital de estréia do tour, com
apresentação única no dia 3 de setembro, no Teatro Castro Alves. Em
seguida, o grupo viaja para Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba. O
Ballet Nacional do Uruguai, conhecido também como
Ballet Nacional Sodre, sediado em Montevideo, é uma das mais
tradicionais companhias de balé da América Latina.
Para a turnê brasileira, Julio Bocca traz um programa com quatro coreografias: El Corsario – Pas de Deux (1988), criado pelo gênio Marius Petipa, inversão de Anna-Marie Holmes,
Without Words (1998), do coreógrafo espanhol Nacho Duato, Sinfonietta (1978), dança mais conhecida do também coreógrafo Jirí Kylián, e Tango & Candombe (2011), uma das coreografias mais recentes do Ballet Nacional Sodre.
O Ballet Nacional Sodre (Ballet Nacional do Uruguai):
O Ballet Nacional Sodre é uma nova etapa
da companhia nacional de dança do Uruguai, que no ano passado completou
77 anos, constituindo-se em uma das companhias profissionais de maior
tradição
na região sul-americana.
Desde sua fundação em 1935, grandes
coreógrafos, maestros, diretores e bailarinos integraram a companhia em
suas diferentes etapas. Destacam-se Alberto Pouyanne, Roger Fenonjois,
Gala Chabelska,
Tamara Grigorieva, Vaslav Veltcheck, Yurek Sabelesky, Maria Ruanota,
William Dollar, Tola Leff, Eduardo Ramírez, Olga Bergolo, Margaret
Graham, Tito Barbon, entre muitos outros.
Em junho de 2010, o Ballet Nacional Sodre
ganhou Julio Bocca como diretor artístico, quando começou um processo
profundo de reformulação da companhia. O objetivo é aumentar a
excelência do corpo
de baile por meio de um forte posicionamento nacional e internacional
através da apresentação de um produto cultural de altíssimo nível,
visibilidade e alcance popular.
Fundado em 27 de agosto de 1935, o Ballet
Nacional do Uruguai surgiu como o organismo artístico responsável por
desenvolver o ballet clássico no Uruguai e por levar um vasto repertório
da dança
clássica para um amplo público.
Site Oficial: balletnacionaluruguay.blogspot.com
O diretor Julio Bocca:
Um dos mais importantes bailarinos do
final do século XX e considerado o maior bailarino argentino de todos os
tempos, Julio Bocca nasceu em Buenos Aires, onde começou a aprender,
com quatro anos,
a arte do ballet clássico. Aos sete anos, tornou-se um talento
promissor ao ser aceito na Escola Nacional de Dança, de onde progrediu
para participar do Instituto Avançado de Artes, no Teatro Colón, em
1975. Em 1981, foi convidado para participar da companhia
do Teatro Colón, onde se tornou o bailarino principal.
Aos 18 anos, em 1985, Julio Bocca ganhou a
medalha de ouro na Competição Internacional de Ballet, em Moscou, na
Rússia, consagrando-se entre os vinte melhores dançarinos do século XX.
A partir
do reconhecimento mundial, ele foi convidado por Mikhail Baryshnikov
para se juntar ao corpo de baile do American Ballet Theater (ABT),
assinando um contrato que permitia sua participação em outras
companhias.
Reconhecido internacional, Julio Bocca
aproveitou seu prestígio e dançou como convidado em diversas companhias
do mundo: na Espanha, dançou pelas companhias La Scala (Milão) e
National Ballet
of Madrid; também passou pelo ballet Ópera de Paris; pelo Ballet Kirov,
de São Petersburg; pelo Royal Danish Ballet, maior companhia da
Dinamarca; pelo Royal Ballet, companhia de Londres; e por fim, ainda na
juventude, pelo Ballet Bolshoi.
Com nove prêmios internacionais no
currículo, Bocca se tornou referência no mercado da dança e foi cobiçado
por diversas companhias do mundo. Em 2010, Julio Bocca foi convidado
pelo presidente
uruguaio, José Mujica, a dirigir o Ballet Nacional Sodre.
O Programa:
El Corsario – Pas de Deux (1988)
O mais puro estilo romântico se encontra
condensado neste grande clássico, onde o exótico tema dos amantes
fugitivos e a rigorosa coreografia do gênio Marius Petipa encontram um
ponto culminante
e paradigmático do ballet clássico tradicional. Coreografia: Anna-marie Holmes. Assistente: José Martin.Música: Adolphe Adams & otros. Figurinista: Galina Solovyeva.
Without Words (1998)
Criado pelo coreógrafo espanhol Nacho
Duato, a obra apresenta o tema lírico do eterno círculo entre o amor e a
morte, ao som da música contemporânea Franz Shubert. Coreografia: Nacho Duato. Música:
Franz Schubert. Figurinista e Cenografia: Nacho Duato. Produção: Carlos Iturrioz/Mediart Producciones SL (Madrid, Espanha).
Sinfonietta (1978)
Esta é a obra mais conhecida da coreógrafa
Jirí Kylían (Praga, 1947), artista de consagrada carreira internacional
dentro da criação contemporânea, onde se destacou por seu estilo lírico
e musical.
Ao som de Leos Janacek, a dança se tranformou em uma obra clássica da
dança contemporânea, ao qual Kylían alcança um ponto culminante na
tradução dos movimentos das complexas relações amorosas entre os seres
humanos. Coreografia: Jirí Kylían. Maestro
Asistente: Patrick Delcroix. Música: Leos Janácek. Figurinistas e Cenografia: Walter Nobbe. Iluminação: Kees Tjebbes. Supervisor Técnico: Loes Schakenbos.
Tango & Candombe (2011)
Um trabalho da coreógrafa argentina Ana
María Stekelman, criado especificamente para o BNS, apresenta uma das
vertentes mais interessantes da escola latino-americana, já com uma
visão do século
XXI. Sua linguagem contemporânea é baseada nos ritmos populares
argentinos. Coreografia: Ana Maria Stekelman. Figurino: Jorge Ferrari. Iluminação: Fernando Scorcela. Música: Seleção de autores e intérpretes argentinos.
Serviço
Salvador
Data: 3 de setembro
Local: Sala Principal do Teatro Castro Alves
Horário: 21 horas
Ingressos: R$ 140, R$ 120 e R$ 100 (inteira) / R$ 70, R$ 60 e R$ 50 (meia entrada)